"Primeiro, toda a criança precisa de um ambiente seguro e protegido que inclua pelo menos uma relação estável, previsível, reconfortante e protectora com uma pessoa adulta, não necessariamente um dos progenitores biológicos, que estabeleça um compromisso pessoal a longo prazo com o bem estar diário da criança, e que tenha os meios, o tempo e as qualidades pessoais para o realizar...
"Segundo, relações consistentes que promovam o desenvolvimento com algumas pessoas que lhe prestam cuidados, incluindo o Educador responsável, desde cedo e durante a infância, são os marcos fundamentais para a competência emocional e intelectual, permitindo que a criança estabeleça um elo de conexão profundo que se desenvolve num sentido de humanismo partilhado e, em última análise de empatia e de compaixão. As relações com os pais e a equipa de educadores do infantário têm de ter esta estabilidade e consistência...
"Terceiro, necessidade de interacções ricas, progressivas... (As crianças) não conseguem desenvolver um sentido na sua própria intencionalidade ou das fronteiras entre o mundo interno e o externo sem trocas íntimas com pessoas que elas conhecem bem e em quem confiam profundamente...
"Quarto, cada criança e família precisa de um ambiente que permita que ambas progridam através dos estádios de desenvolvimento com um estilo próprio, ao seu próprio ritmo...
"Quinto, as crianças necessitam de oportunidades de experimentação, de procura de soluções, de riscos e mesmo de falhanços em tarefas que tentam realizar. A partir da experimentação de diversas abordagens, da procura de novos aliados e da avaliação de todas as opções, emergem a preserverança e a auto-confiança necessárias para ter sucesso em qualquer esforço empreendedor...
"Sexto, as crianças precisam de limites estruturados e claros. Aprendem a construir pontes entre os seus pensamentos e os seus sentimentos quando o seu mundo é previsível e respondente...
"Sétimo, para alcançar estes objectivos, as famílias precisam de vizinhanças e de comunidades estáveis. Os cuidados apropriados, consistentes e profundamente envolventes de que a criança necessita para progredir através dos níveis de desenvolvimento exigem adultos que são maduros, empáticos, e emocionalmente acessíveis...
- Stanley Greenspan (1997, pp. 264-2
Este Blog pretende ser um bloguefólio profissional. Foi pedido no Complemento de Formação Científica Pedagógica em Educação de Infância na Escola Superior de Educação "Jean Piaget",pelo docente Drº Carlos Jorge Correia. Inicialmente terá a informação inerente ao curso e posteriormente partilhar, comentar e informar... sempre com muita alegria!.. Bem Vindos ao Mundo Encantado das Crianças!
ANA PAULA DIAS
Glossário de Teatro
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Novos paradigmas da educação pré-escolar
O desenvolvimento tecnológico que hoje assistimos proporcionou a quebra de barreiras, permitindo rapidamente o acesso ao conhecimento. Mas a informação não é necessariamente conhecimento e o aluno necessita da orientação do professor. De facto, a introdução do computador no contexto educativo, nomeadamente fazendo parte dos curricula desde o ensino básico, não deve ser vista apenas como uma ferramenta audiovisual, mas que se torne um elemento activo nas salas, tirando o maior partido das suas potencialidades, pelo que, o educador necessita de adoptar um novo paradigma de aprendizagem.
Cabe ao educador repensar a educação, criar novas formas de ensinar e aprender, aperfeiçoar-se e habilitar-se ao uso destes instrumentos, inovar numa busca constante na selecção de conteúdos, de novos modelos e paradigmas, partindo da realidade vivencial das crianças. Neste pressuposto, o uso de meios informáticos aparece já contemplado, «a partir da educação Pré-escolar, pode ser desencadeadora de variadas situações de aprendizagem, permitindo a sensibilização a um outro código, o código informático, cada vez mais necessário» (Orientações Curriculares para a educação Pré-escolar, 1997:72).
Por isso, a escola tem que reformular os seus processos de aprendizagem e também repensar um novo paradigma de escola, visto que a nova geração entra no sistema de ensino com muitas competências e familiaridades com o uso de artefactos tecnológicos. Jamais podemos ignorar que a tecnologia está hoje presente em toda a parte, «porque ela é um fenómeno que permanece e substancialmente se tem vindo a constituir no modo, no meio e no contexto da acção dos homens no mundo» (Ilharco, 2004:15). Neste sentido, não podemos usar de forma indevida esta ferramenta que se apresenta como um excelente parceiro de enriquecimento das práticas educativas, sendo perfeitamente possível o uso da web pelas crianças que frequentam o jardim-de-infância.
Todas estas mudanças profundas levam-nos a nós educadores a reenquadrar os conteúdos, as estratégias, as didácticas específicas, através dos processos de comunicação interactiva. Significa que este tipo de aprendizagens está fundamentado nos princípios da teoria construtivista, a qual, em termos muito genéricos, concebe o conhecimento como uma construção realizada pelo aluno em interacção com o meio. Esta teoria de aprendizagem difere do Behaviorismo e do Cognitivismo, uma vez que, para os construtivistas, não é o professor que ensina, mas sim o aluno que aprende. Apresenta, contudo, alguma relação com o Cognitivismo, na medida em que pressupõe a capacidade do aluno aprender através da sua própria construção mental de significados. São vários os teóricos associados a esta corrente: Piaget, Dewey, Bruner, Vygotsky, entre outros. Segundo esta corrente, o papel do professor/educador passa de transmissor de conhecimentos para facilitador de aprendizagens, o que provoca profundas implicações em toda a planificação!...
Cabe ao educador repensar a educação, criar novas formas de ensinar e aprender, aperfeiçoar-se e habilitar-se ao uso destes instrumentos, inovar numa busca constante na selecção de conteúdos, de novos modelos e paradigmas, partindo da realidade vivencial das crianças. Neste pressuposto, o uso de meios informáticos aparece já contemplado, «a partir da educação Pré-escolar, pode ser desencadeadora de variadas situações de aprendizagem, permitindo a sensibilização a um outro código, o código informático, cada vez mais necessário» (Orientações Curriculares para a educação Pré-escolar, 1997:72).
Por isso, a escola tem que reformular os seus processos de aprendizagem e também repensar um novo paradigma de escola, visto que a nova geração entra no sistema de ensino com muitas competências e familiaridades com o uso de artefactos tecnológicos. Jamais podemos ignorar que a tecnologia está hoje presente em toda a parte, «porque ela é um fenómeno que permanece e substancialmente se tem vindo a constituir no modo, no meio e no contexto da acção dos homens no mundo» (Ilharco, 2004:15). Neste sentido, não podemos usar de forma indevida esta ferramenta que se apresenta como um excelente parceiro de enriquecimento das práticas educativas, sendo perfeitamente possível o uso da web pelas crianças que frequentam o jardim-de-infância.
Todas estas mudanças profundas levam-nos a nós educadores a reenquadrar os conteúdos, as estratégias, as didácticas específicas, através dos processos de comunicação interactiva. Significa que este tipo de aprendizagens está fundamentado nos princípios da teoria construtivista, a qual, em termos muito genéricos, concebe o conhecimento como uma construção realizada pelo aluno em interacção com o meio. Esta teoria de aprendizagem difere do Behaviorismo e do Cognitivismo, uma vez que, para os construtivistas, não é o professor que ensina, mas sim o aluno que aprende. Apresenta, contudo, alguma relação com o Cognitivismo, na medida em que pressupõe a capacidade do aluno aprender através da sua própria construção mental de significados. São vários os teóricos associados a esta corrente: Piaget, Dewey, Bruner, Vygotsky, entre outros. Segundo esta corrente, o papel do professor/educador passa de transmissor de conhecimentos para facilitador de aprendizagens, o que provoca profundas implicações em toda a planificação!...
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