quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ser Educador...

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Para pensar...

















12 coisas que faz um(a) bom(boa) educadoror(a)...
1. Cumprimenta-me em cada dia
Deseja-me um “Bom-dia” pela manhã e despede-se de mim dizendo “Até amanhã”.

2. Sorri
Quando olha para mim, deixa-me ver felicidade nos seus olhos.

3. Dá-me atenção
senta-se e conversa comigo (só comigo), nem que seja só por um segundo...

4. Imagina comigo
Ajuda-me a sonhar com coisas que posso ser capaz de fazer e não só com aquelas que tenho que fazer logo a seguir.

5. Propõe-me tarefas desafiadoras
Mostra-me como fazer, ensina-me o que fazer.

6. Interessa-se por mim
Pergunta como foi o meu fim de semana, um jogo que joguei, um sítio que visitei...
Isso mostra que se interessa pela minha vida.

7. Dá-me tempo
Tempo para me apropriar das coisas, tempo para pensar, para refletir, processar, brincar.

8. Exige de mim
Não me deixa fazer menos, se sabe que sou capaz de fazer melhor.
Responsabiliza-me por ser o melhor que eu consigo.

9. Repara em mi
Dá-me um reforço positivo sempre que faço alguma coisa bem feita.

10.Deixa-me fazer perguntas
Mesmo que lhe pareçam fora do assunto… mesmo que lhe pareçam fora do contexto.
Isso mostra que sou curioso, que estou a pensar em novas possibilidades, que quero aprender mais. Deixa-me ter a oportunidade de questionar o que não sei, não só de falar do que já sei.

11. Envolve-me
Eu vim até aqui com vontade de aprender. Mantém-me motivado, a querer sempre aprender mais.

12. Confia em mim
Acredita que eu consigo. Dá-me uma oportunidade de mostrar o que sou capaz!

____________________________________
Traduzido e adaptado por Maria Jesus Sousa (Juca) de:
http://12most.com/2011/09/06/12-important-children-teachers/
Angela Mayers (educadora e formadora), ao longo de 20 anos foi perguntando aos seus alunos, no início de cada ano letivo, o que é mais importante num educador ,ou seja, o que mais apreciavam num bom educador, ou como ser melhor educador... estes foram os resultados.





sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Poesia infanto-juvenil

SIDÓNIO MURALHA

Sidónio Muralha nasceu em Lisboa a 29 de Julho de 1920. Integrado no movimento neo-realista, estreou-se com Beco, colectânea de poemas publicada em 1941. Perseguido pela ditadura, partiu para o Congo Belga, acabando por fixar residência, já na década de 1960, no Brasil. Escreveu contos, novelas, poemas, dedicando-se também à literatura infantil. O seu primeiro livro de poemas para crianças data, porém, de 1950: Bicos, Bichinhos e Bicharocos. No Brasil, fundou a Editora Giroflé. Faleceu em Curitiba no ano de 1982.



                                                   

Xadrez  

É branca a gata gatinha
É branca como farinha.
É preto o gato gatão
É preto como o carvão.
E os filhos, gatos gatinhos,
São todos aos quadradinhos.
Os quadradinhos branquinhos
Fazem lembrar mãe gatinha
Que é branca como a farinha.
Os quadradinhos pretinhos
Fazem lembrar pai gatão
Que é preto como carvão
Se é branca a gata gatinha
E é preto o gato gatão,
Como é que são os gatinhos?
Os gatinhos eles são,
São todos aos quadradinhos. 

Prisioneiro
Numa gaiola de pau
um pica-pau
fica mau.

Fica
mau,
fica,
e o pau
pica
o pica pau.

As grades

Um pássaro entrou na gaiola vazia
e a gaiola fechou a alegria.

Canta a gaiola de contentamento
e canta o pássaro contra as grades
mas só canta porque tem saudades
das montanhas, do sol e do vento.

Cheia de pássaro a gaiola
cantarola, cantarola,
mas o pássaro tem asas
e vai deixar a gaiola.

Pássaro Livre

Gaiola aberta.
Aberta a janela.
O pássaro desperta.
A vida é bela.

A vida é bela.
A vida é boa.

Voa, pássaro, voa.
 Boa Noite

A zebra quis
ir passear
mas a infeliz
foi para a cama

— teve que se deitar
porque estava de pijama.
A Caminhada

Nessa mata ninguém mata
a pata que vive ali,
com duas patas de pata,
pata acolá, pata aqui.

Pata que gosta de matas
visita as matas vizinhas,
com as suas duas patas
seguidas de dez patinhas.

E cada patinha tem,
como a pata lá da mata,
duas patinhas também
que são patinhas de pata.

Pintassilgo
O pintassilgo diz:
- nada me consola,
eu não sou feliz
nesta gaiola.

Do céu azul e da amplidão
eu sinto muitas saudades.
Não quero esta solidão
cada minuto e segundo.

Crianças, quebrem as grades
de todas as gaiolas do mundo. 

Dia de FestaA floresta
acordada
pela madrugada
de um dia
de festa
abria
a saia rodada
e a madrugada
sorria
sorria à floresta
na madrugada da festa.

A alegria
estava lá
a poesia
estava lá,
mas onde estava a alegria
mas onde estava a poesia
só sabia
o sabiá.

Só o sabiá
sabia
sabia
o que havia

- era um sábio o sabiá.
Dono
do dia
da festa
e dono
da madrugada
só por ele a floresta
despertada
do seu sono
abria
a saia rodada.

E tudo o que lá
havia,
e tudo que havia
lá,
que se chamasse alegria
que se chamasse poesia
só sabia
o sabiá.
Ouçam como ele assobia,
assobia
o sabiá.


              

A Banda Desenhada


   



A Banda Desenhada é um meio de comunicação misto que utiliza imagens desenhadas e palavra escrita.





ilustração infantil

                              

"A ilustração é uma representação pictórica que pretende complementar, adornar ou ajudar a esclarecer algo no texto, tendo, portanto, também um carácter pedagógico, essencialmente como advém da sua raiz etimológica, ― trazer luz para uma obra.


A ilustração está em pleno numa obra literária quando permite diferentes leituras e não repete só o texto. Nesta perspectiva, o ilustrador tem um papel fulcral na transmissão da sua própria visão sobre as coisas já que este é também autor, tendo, portanto, também responsabilidade sobre a obra.

A ilustração de livros para as crianças revela-se como fundamental, quer para a compreensão do próprio texto, quer para a promoção do desenvolvimento da criança, em particular nos domínios do entendimento, seja ao nível pictórico, seja ao nível da linguagem verbal e da comunicação.

A aquisição da competência da leitura pelas crianças, começa com a leitura de imagens, ou seja, pela descodificação pictórica e só depois adquire a competência da leitura verbal. A imagem é o elemento que permite à criança o primeiro contacto com o objecto livro". (p. 20)

Fonte: Um Livro Vivo {transposição para a web do livro para crianças Histórias de pretos e de brancos}, dissertação de Mestrado em Design de Ana Miriam Duarte Reis da Silva,  apresentada à Universidade de Aveiro em 2010. Link





                                


                               
                                
                                
                               
                                                 
                                                 

http://mariajoao-art.blogspot.com/2008/10/ilustrao-infantil.html

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Irmãos Grimm


Os escritores mais famosos dos contos de fadas infantis são os Irmãos Grimm.  Jacob e Wilhelm Grimm, são dois irmãos que fizeram e fazem muito sucesso até hoje com suas histórias e seus contos que fazem a felicidade das crianças e permeiam a imaginação dos adultos.
Nascidos na Alemanha, os Irmãos Grimm dedicaram a sua vida ao registro das fabulas infantis e assim ganharam fama e notoriedade com as crianças. Além das belas historias e as contribuições para o imaginário dos pequenos, os Irmãos Grimm também contribuíram para a língua alemã com um dicionário e assim desenvolveram um estudo mais aprofundado da língua e do folclore popular local.
Monumento aos irmãos Grimm em Hanau
Monumento aos irmãos Grimm em Hanau
Os Irmãos Grimm começaram a sua carreira de escritores estudando justamente a língua alemã, mais precisamente o folclore e a linguagem popular. Depois de vários contos publicados em separado, finalmente em 1812 os Irmãos Grimm publicaram o seu primeiro livro em conjunto; depois desse primeiro livro veio o “Contos da Criança e do Lar”. Depois disso, eles publicaram vários contos com traduções e adaptações locais.
O segundo volume de “Contos da Criança e do Lar” saiu em 1815, e com o passar dos anos novas edições foram lançadas e o livro começava a ganhar novos e atualizados contos, fazendo deste o primeiro grande sucesso dos Irmãos Grimm.
As maiores e melhores obras dos Irmãos Grimm são resumidas em contos para crianças, lendas e um dicionário alemão. Os contos para as crianças na verdade eram contos destinados aos adultos, o que aconteceu durante os anos é que eles foram adaptados para os pequenos. Os Irmãos Grimm na verdade tornaram a fantasia acessível para as crianças.
Um exemplo, no conto original da Chapeuzinho Vermelho,  a avó da menina  acabava sendo devorada pelo lobo, mas os Irmãos Grimm transformaram essa versão trágica em uma mais bela e agradável para as crianças. Entre os contos mais famosos dos Irmãos Grimm estão vários conhecidos do mundo todo como a Cinderela, A Branca de neve,  João e Maria, O Ganso de ouro e as Aventuras do Irmão Folgazão entre outros. Muito da sua infância e da infância das crianças foram permeadas e ilustradas pelos contos dos Irmãos Grimm, e pessoalmente espero que que o mundo da fantasia continue a existir, desde que seja ensinado às crianças as diferenças entre o mundo real e o mundo das histórias infantis.
Foto: Wikipédia

domingo, 11 de setembro de 2011

Charles Perrault



    Charles Perrault nasceu a 12 de Janeiro de 1628. Viveu sempre em Paris. Morreu aos 75 anos, a 16 de Maio de 1703.
   Filho de Pierre Perrault Paquette Le Clerc, oriunda da alta burguesia.
   Deu início aos seus estudos em 1637, no colégio de Beauvais. Aos 15 anos, terminou os seus estudos por se ter desentendido com um professor.
   Em 1643, ingressou no curso de Direito e, em 1651, com apenas 23 anos, conseguiu o seu diploma, tornando-se advogado.
   Foi um escritor e poeta francês do século XVII.
   Foi o primeiro a dar acabamento literário a um certo tipo de literatura, que lhe conferiu o título de Pai da Literatura Infantil. Muitas das suas histórias, ainda hoje, são editadas, traduzidas e distribuídas em diversos meios de comunicação e adaptadas para várias formas de expressões, como o teatro, o cinema e a televisão, tanto em formato de animação como de acção viva.
 Principais Obras de Perrault:
  "Chapéuzinho Vermelho"
"A Bela Adormecida"
"O Barba Azul"
"O Gato das Botas"
"Pequeno Polegar",etc.

Hans Christian Andersen



Poeta e Escritor dinamarquês de histórias infantis, Hans Christian Andersen nasceu a 2 de Abril de 1805.
De origem humilde, filho de um sapateiro, Andersen teve dificuldades na sua educação. Apesar disso, ele aprendeu a ler desde muito cedo e adorava ouvir as histórias contadas pelo seu pai.
Hans Christian Andersen nasceu numa época em que a Dinamarca voltava-se para os valores nacionalistas e descobria os seus valores ancestrais.
De uma certa forma, graças à sua infância pobre, Andersen teve a hipótese de conhecer os contrastes de sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever durante a sua vida.
Em 1816, quando o seu pai faleceu, Hans Christian Andersen precisou de abandonar a escola.
Apenas com onze anos, já demonstrava aptidão para o teatro e a literatura. Criou uma espécie de "teatro de brinquedos" onde apresentava peças clássicas. Memorizou muitas peças de Shakespeare e encenava-as com seus brinquedos.
Em 1819, aos catorze anos, Andersen saiu de casa e foi para Copenhaga, uma grande cidade e capital da Dinamarca, onde conheceu o director do Teatro Real, Jonas Collin.
Andersen trabalhou no teatro como actor e bailarino, além de escrever algumas peças. Durante esse período, os seus estudos foram financiados por Jonas Collin. Em 1828, entrou na Universidade de Copenhagen.
Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.
A obra que o tornou célebre em todo o mundo é Contos, traduzidos para diversos idiomas.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis.
     

                                                                                                                                                                    

Ele continuou a escrever e a publicar os seus contos infantis até chegar, em 1872, a um total de 156 contos. No início, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.Entre os contos de Andersen, podemos distingui-los em:







contos mais antigos e com origem na tradição popular: "Companheiro de Viagem", "Os Cisnes Selvagens" ...
contos literário no mundo das fadas : "O Duende",  "A Colina de Elfos"...
contos que trazem elementos da natureza: "O Rouxinol", "O Sapo", "O Abeto", "As Flores da Pequena Ida"...
contos com elementos autobiográficos: "O Soldadinho de Chumbo", "A Pequena Sereia"...
Outros contos importantes: "O Patinho Feio", "A Caixinha de Surpresas", "Os Sapatinhos Vermelhos", "O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio", "A Roupa Nova do Rei" e "A Princesa e a Ervilha".

    
                  Caricatura feita para a A.T revista-Santos

Grandes nomes da Literatura Infantil







La Fontaine





Jean de La Fontaine nasceu em Château-Thierry, França, em 1621. Estudante de Teologia e Direito, depressa se apercebe que a sua vocação não estava direccionada para nenhum daqueles cursos, pelo que e após ter andado pelos negócios paterno, acabou por se dedicar às artes literárias.

La Fontaine ganhou notoriedade no seu tempo e fama para a posteridade devido às fábulas que escreveu.
Os primeiro livros de fábulas surgem em 1668 inspiradas nos textos de Esopo e Fedro, pois as fábulas remontam à antiguidade grega e até indiana, e é um tipo de narrativa alegórica em verso – ou quase sempre – que põe em evidência certas características humanas, tais como a vaidade, a arrogância, a ganância, a violência, o egoísmo, hipocrisia, etc. assim, as fábulas “pegando” nessas tais características, dão-nos uma lição moral muito simples mas cheia de significado.
Independentemente de existirem muitas outras informações, entre as quais, e é importante referir, as primeiras fábulas são escritas propositadamente para o Delfim e para as restantes crianças da côrte, La Fontaine serviu-se sempre dos animais para mostrar aos Homens a imagem da virtude, da tolice e outros “vícios” ridículos, assim como vários aspectos da própria sociedade francesa da altura, pois é facilmente perceptível algumas denúncias às misérias e abissais injustiças que pululavam na época. Assim ele fazia sua crítica usando recursos como a sutileza, a ironia e astúcia e ainda propunha reflexões.


CITAÇÕES DE LA FONTAINE:

”a avareza perde tudo ao pretender tudo ganhar”.

“Quem julga caçar é caçado”.

“É um prazer dobrado enganar quem engana"











quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desenvolvimento Curricular e Avaliação

                 A Educação de Infância      
                           


                              

Segundo Roldão (1999), currículo é o corpo de aprendizagens reconhecidas como socialmente necessárias e os professores os principais especialistas de currículo, porque esse é o saber que caracteriza e define a sua acção - Saber fazer aprender alguma coisa a alguém.
O currículo deve conter diversos aspectos interligados:

o conteúdo ( o que as crianças devem aprender);
os processos de aprendizagem ( como as crianças devem aprender);
as estratégias de ensino (como ensinar);
as estratégias de avaliação (como saber que aprendizagens ocorrem e que ajustes curriculares devem ser feitos).
A grande diversidade de população de cada escola exige uma gestão diferente do currículo de modo a responder ao seu público de forma a melhorar a sua aprendizagem.

Aquilo que o aluno já sabe deverá ser o ponto de partida para a aprendizagem, os conhecimentos prévios são em muitos casos parciais ou errados, mas são aqueles que o aluno utiliza para interpretar a realidade. Assim o processo ensino- aprendizagem consistirá em ir reconstruindo estas pré-concepções aproximando-as cada vez mais do conhecimento científico.

Citando Bruner, Vasconcelos (2000), afirma que qualquer matéria pode ser ensinada a qualquer criança de qualquer idade de forma honesta e eficaz, assim na sua teoria do currículo em espiral entende que se parte de um núcleo e que se vai girando, organizando, tecendo à volta desse núcleo. Assim, o aqui e o agora vão-se tornando maiores e, à medida que os alunos crescem, os assuntos já estudados voltam a surgir com um outro nível.

O educador no seu papel de gestor curricular, deverá ser um verdadeiro profissional de educação, fazer os outros aprenderem, num ambiente envolvente utilizando o seu conhecimento científico e educativo tendo em conta a motivação, o desenvolvimento, a resolução de conflitos entre pessoas e grupos e a comunicação, de forma a que a escola seja um organismo vivo, inserido num ambiente próprio.

Orientações Curriculares para a Educação Pré Escolar
Reconhecendo a necessidade de uma intencionalização da prática dos educadores de infância, a Administração Central, concebeu o documento Orientações Curriculares para a Educação Pré Escolar, aprovadas pelo Despacho nº5220/97, de 10 de Julho, e publicadas pelo Departamento de educação Básica em Setembro de 1997.
Este documento resultou de um processo de consulta, que envolveu profissionais e investigadores, estando organizado em duas partes:

1ª Parte - Princípios Gerais: princípio geral e objectivos pedagógicos, fundamentos e organização, e as orientações globais para o educador.

2ª Parte - Intervenção Educativa: organização do ambiente educativo, áreas de conteúdo e continuidade educativa.

As Orientações Curriculares acentuam a importância de uma pedagogia estruturada, o que implica uma organização intencional e sistemática do processo pedagógico, exigindo que o educador planeie o seu trabalho e avalie o processo o os seus efeitos no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças. (O.C. Pag. 18).

Assim devem ser utilizadas pelo educador, para tomar decisões sobre a sua prática de planear e avaliar o processo educativo, implicando assim a intencionalização da actividade educativa, o que quer dizer que o exercício da docência na educação pré-escolar deve incluir planificação, avaliação e registo, ou seja exige intencionalização do quotidiano pedagógico. Adoptam ainda uma perspectiva mais centrada em indicações para o educador do que na previsão de aprendizagens a realizar pelas crianças, incluindo a possibilidade de fundamentar diversas opções educativas.

As orientações globais para o educador estruturam-se nas seguintes dimensões:

1- Observar - avaliação diagnóstico, caracterização para ter conhecimento da criança e do grupo.
2- Planear, aprendizagens significativas e diversificadas de acordo com o diagnóstico efectuado.
3-Agir, concretização da acção, adaptação às propostas das crianças tirando partido das situações e oportunidades.
4- Avaliar, tomar consciência da acção, adequar o processo educativo. Avaliação com as crianças como base de avaliação para o educador. Progressão das aprendizagens a desenvolver com as crianças.
5- Comunicar, partilha com a equipa e com a família.
6- Articular, continuidade educativa com outros ciclos.

As orientações globais têm ainda como alicerce quatro Fundamentos dando sentido e consistência à prática educativa.

Desenvolvimento e a Aprendizagem como vertentes indissociáveis.
A interligação entre desenvolvimento e aprendizagem defendida por diferentes correntes actuais da psicologia e da sociologia que consideram que o ser humano se desenvolve num processo de interligação social. (O.C. pp18-19)

Reconhecimento da criança como sujeito do processo de aprendizagem.
Admitir que a criança desempenhe um papel activo na construção do seu desenvolvimento e aprendizagem, supõe encara-la como sujeito e não como objecto do processo educativo.( O.C. pp19)

Construção Articulada do Saber.
Neste sentido acentua-se a importância da Educação pré-escolar partir do que as crianças sabem da sua cultura e saberes próprios... oportunidade de usufruir de experiências educativas diversificadas num contexto facilitador de interacções alargadas com outras crianças e adultos, permite que cada criança, ao construir o seu desenvolvimento e aprendizagem, vá contribuindo para o desenvolvimento e aprendizagem dos outros. (O.C. pp 19)

Exigência de resposta a todas as crianças.
O respeito pela diferença inclui as crianças que se afastam dos "padrões normais", devendo a educação pré-escolar dar resposta a todas e a cada uma das crianças. (O.C. pp 19)

Assim, o educador tendo por base as orientações curriculares deverá construir o currículo no âmbito do Projecto Educativo do estabelecimento, tendo em conta: as características individuais e do grupo de crianças; a forma de ser e os saberes do próprio educador; os desejos e interesses das famílias e das comunidades; as problemáticas dos outros ciclos de ensino.
Este documento deverá tornar-se uma referência, que indique aos educadores, aos pais e à sociedade que experiências e saberes são importantes que o jardim de infância proporcione às crianças.
O Acto de avaliar, na educação de infância apesar de ter subjacente as mesmas questões que nos outros níveis de ensino, caracteriza-se por uma grande especificidade que é a idade das crianças. Há que considerar: o que avaliar; qual o contexto; quem avalia; porque avalia; como se avalia. Há que ter em conta essencialmente três funções: recolha de informação, a sua interpretação e a consequente adopção de decisões que possibilitem o aperfeiçoamento da acção educativa. As principais estratégias incidem na observação do ambiente educativo, das crianças e dos resultados das actividades que vão sendo realizadas, assim os professores através da avaliação têm a possibilidade de refletir e de tomar decisões fundamentadas sobre as suas práticas educativas.
                           

                                  dia das crianças piscina de bolinha